Torne-se um Afiliado da Imagem e Folheados

sexta-feira, 15 de março de 2013

História da Igreja - Parte I

Minha opinião sobre a história da Igreja.
Pode se tornar uma surpresa aos Protestantes e Católicos Romanos contemporâneos saberem que, os Batistas não originaram na reforma. Os historiadores mais antigos, até mesmo aqueles opostos aos princípios Batistas, admitem isto; os escritores modernos tendem a ignorar, desconsiderar ou negar isto. Há abundantes evidências para afirmar que as igrejas evangélicas, firmes nas essências da fé, conhecidas por vários nomes, existiram na Europa desde os dias dos Apóstolos até a idade média. A Confissão de Valdenses de 1120, é um exemplo de crença fundamental e evangélica durante aquela época.

Os Anabatistas, como eles foram ironicamente chamados pelos seus inimigos, foram duramente perseguidos pelo pseudo Cristianismo oficial, qual apostatou com Constantino. Estas pessoas valentes foram nossos antecessores na fé. (É claro que não nos identificamos com algumas seitas realmente hereges que foram erroneamente classificadas junto com estes Anabatistas). Muitos se esqueceram que parte da teologia de Calvino foi moldada por um primo Anabatista. Calvino reconheceu que ele [Calvino] também "em um tempo foi um Valdense" (Leonard Verduin, A Anatomia de um Híbrido, p. 199.)

Quando a reforma chegou, estes Anabatistas, em primeira instância, deram um suspiro de alivio, mas logo descobriram que os Protestantes podiam perseguí-los tão severamente, recorrendo ao mesmo modelo da igreja/estado, que Roma brutalmente impôs durante séculos. É um fato esquecido da história norte-americana que a primeira emenda da sua Constituição, garantindo a completa liberdade religiosa, chegou a ir contra aos desejos de muitos colonos Protestantes. Os batistas da Virgínia, especialmente John Leland, foram responsáveis por esta emenda constitucional.

C.H. Spurgeon resumiu bem nossa posição:

"Acreditamos que os Batistas são os Cristãos originais. Nossa existência não iniciou-se com a reforma, nós fomos reformistas antes de Luther ou Calvin nascerem; nós nunca viemos da Igreja de Roma, pois nela nunca estivemos, mas nós temos uma ligação ininterrupta aos próprios apóstolos. Nós sempre existimos desde os dias de Cristo, e nossos princípios, algumas vezes são ignorados ou esquecidos, como um rio que tem que percorrer sob o chão por um curto período, têm tido sempre seguidores honestos e piedosos" (Metropolitan Tabernacle Pulpit, 1861, p.225.)

"Nós, conhecidos entre os homens, por todas as idades, por vários nomes, como Donatistas, Novacianos, Paulicianos, Petrobrussianos, Cátaros, Arnoldistas, Hussites, Valdenses, Lollardos e Anabatistas, temos lutado para a pureza da Igreja e sua distinção, e pela sua separação do governo humano. Nossos pais foram homens acostumados com as dificuldades, e não eram preguiçosos. Eles apresentam a nós, seus filhos, uma linha ininterrupta proveniente legitimamente dos apóstolos, não através da sujeira de Roma" (ibid., p. 613.)

Vinte anos depois, Mr. Spurgeon reiterou,

"Muito antes seus Protestantes serem conhecidos como tal, os horríveis Anabatistas, como foram injustamente chamados, eles estiveram protestando para "um só Senhor, uma só fé, e um só batismo." Na mesma hora que a igreja visível começou a afastar-se do verdadeiro Evangelho, estes homens surgiram para permanecerem fieis à verdade dos séculos. ...Às vezes, um historiador mal intencionado procura nos dar a idéia de que eles tivessem morrido, bem como o lobo tivesse feito seu trabalho na ovelha. Mas, eis somos nós, abençoados e multiplicados" (Metropolitan Tabernacle Pulpit, 1881, p. 249.)

Como conclusão, deixai que seja dito que nós somos gratos a Deus, o qual tem nos mostrando estas coisas. Nós retrucamos qualquer irmão Batista que possa ser muito orgulhoso de si, devido ao seu conhecimento destas verdades. Se Deus nos deu estas verdades, nós devemos recebê-las com humildade.

Nós admitimos que não podemos falar em nome de todos que se dizem Batistas nos dias de hoje. Alguns não concordem conosco. Nós podemos apenas dizer que estes são temas aos quais nossas consciências estão ligadas e sobre quais, não podemos nos comprometer.
 
Autor: Daniel A. Chamberlin, Pastor

Nenhum comentário:

Postar um comentário